Entre erros e rascunhos, achei meu processo criativo
Durante muito tempo, achei que meu processo de criação era apenas intuição.
Eu sentava, olhava para a tela em branco e, de alguma forma, as ideias iam tomando forma. Era quase automático — natural, até. Mas quanto mais projetos eu assumia, mais percebia: havia uma ordem por trás daquilo tudo.
Demorei para notar, mas estava ali. Repetido, ajustado, testado.
Um processo. Quatro etapas. Simples, mas essenciais.
Hoje, eu compartilho com você esse caminho. Não como uma receita, mas como uma forma de dar nome àquilo que, muitas vezes, a gente faz sem perceber.
1. Voltar ao centro da ideia
Antes de qualquer escolha visual, eu paro.
Paro para entender o que está no coração daquele projeto.
– Qual é a promessa central?
– Quem precisa ser tocado por essa mensagem?
– O que não pode se perder?
Se não houver clareza no centro, todo o resto vira enfeite.
O visual só funciona quando nasce de um sentido.
2. Organizar para fazer sentido
Com a essência clara, vem a estrutura.
Eu penso o conteúdo como um mapa:
– Por onde começamos?
– Qual o ritmo da mensagem?
– Onde a atenção precisa parar?
É aqui que o design começa a agir em silêncio — guiando sem distrair.
Estrutura é o esqueleto da clareza.
3. Dar forma à intenção
A estética vem depois. Mas não como adorno — como extensão da ideia.
– Que tom visual transmite o que queremos dizer?
– Qual ritmo visual conduz o olhar?
– O que emociona sem exagero?
O visual, aqui, serve à mensagem. Não o contrário.
Design bonito não basta. Ele precisa falar.
4. Lapidar com intenção
Com tudo em seu lugar, eu volto. E volto de novo.
Ajusto detalhes, alinho o sistema, penso na replicabilidade.
Porque design bom não é aquele que funciona uma vez — é o que funciona sempre.
Design também é consistência.
Foi só depois de anos fazendo isso no automático que percebi: existe um método. Existe uma lógica que me permite repetir o resultado — mesmo com temas, clientes e propostas completamente diferentes.
Essa consciência mudou meu jeito de criar. E me deu mais confiança para ensinar.
Talvez o seu processo também esteja aí, esperando para ser enxergado.
Um abraço.